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Os Três Pilares da Vida no Ayurveda

Iniciando no conceito dos Três Pilares da Vida

Para entendermos o conceito ayurvédico de saúde e doença, precisamos primeiro conhecer as bases que dão sustentação a esse conhecimento. Nos textos clássicos do Ayurveda encontramos informações à respeito dos "três pilares da vida", algumas vezes também chamado de os "três subpilares que sustentam a vida".


Este conceito sugere que alimento, sono e celibato desempenham um papel central no suporte à vida e, portanto, são consideradso pilares que dão suporte e sustentação à vida. Contudo, não basta apenas sabermos que o alimento é um pilar importante. Precisamos entender o papel do Agni e do nosso estado mental, pois esses dois fatores influenciam diretamente em nossa capacidade de digerir e absorver os alimentos adequadamente.


Não basta comer um alimento saudável, é preciso não ter um transtorno alimentar. Não basta dormir 7 horas por noite, o sono precisa ser restaurador e precisamos nos sentir descansados pela manhã ao acordar. Por fim, não basta simplesmente fazer o celibato, é preciso compreender bem esse conceito e saber para quem, por que e em qual momento isso é apropriado e relevante.


Alimento como Pilar

O alimento é destacado como um dos "subpilares que sustentam a vida" no Ayurveda.


O alimento fornece ao corpo a nutrição e força necessárias para funcionar adequadamente.

O conceito de Ahara, amplamente discutido nos textos clássicos (Samhitas), enfatiza a importância da dieta e dos hábitos alimentares para a saúde e o bem-estar.


O Ayurveda fornece diretrizes detalhadas sobre a qualidade, preparação, combinação e momento ideal da ingestão de alimentos para garantir uma nutrição ideal, bem como prevenir e tratar doenças. Esse conhecimento nos ensina que hábitos alimentares inadequados podem levar ao acúmulo de doshas e ao desenvolvimento de várias doenças. É por esse motivo que se enfatiza o consumo de refeições saudáveis e equilibradas que são apropriadas para a constituição individual (Prakriti) e a estação.


Contudo, apenas isso ainda não é o suficiente. Antes de buscar um alimento saudável, precisamos nos observar e investigar como está o nosso padrão mental. Precisamos fazer as perguntas certas, por isso, escrevi à seguir 55 perguntas que irão ajudar você a treinar o auto-conhecimento no momento de se alimentar:


  1. Por que estou escolhendo esse alimento em detrimento de outro?

  2. Pr que comi até ficar com o estômago tenso e dolorido?

  3. Por que estou sempre buscando alimentos açucarados como chocolates, refrigerantes, sorvetes, balas, doces, etc?

  4. Por que quando estou mais cansado ou estressado tenho o padrão de buscar pizza, hambúrguer, frituras, sorvetes e outros alimentos hiperpalatáveis?

  5. O que está faltando em minha vida que estou tentando preencher com esses tipos de alimentos?

  6. Estou comendo por fome física ou estou tentando aliviar uma emoção, como ansiedade, estresse ou tédio?

  7. Tenho o hábito de me recompensar com comida após um dia difícil? Se sim, por que sinto essa necessidade?

  8. Quais emoções ou situações me fazem sentir o desejo de comer alimentos específicos, como doces ou fast food?

  9. Sinto culpa ou arrependimento após comer certos tipos de alimentos? Se sim, por que continuo escolhendo esses alimentos?

  10. Como me sinto em relação ao meu corpo e à minha saúde quando faço escolhas alimentares que não são as mais saudáveis?

  11. Estou sendo influenciado por pressões externas, como mídias sociais ou padrões estéticos, na escolha dos alimentos que consumo?

  12. Eu como devagar e conscientemente, prestando atenção aos sinais de saciedade, ou como de forma rápida e impulsiva?

  13. Tenho dificuldade em dizer "não" a certos tipos de alimentos, mesmo quando sei que não preciso deles fisicamente ou que até me fazem mal? O que me impede?

  14. Estou buscando alimentos para fugir de situações difíceis ou desconfortáveis que prefiro evitar?

  15. Tenho uma visão equilibrada da alimentação ou costumo ver certos alimentos como "bons" e outros como "ruins", criando um ciclo de restrição e compulsão?

  16. O que eu realmente estou sentindo quando sinto a vontade de comer, mesmo que tenha me alimentado recentemente? Estou entediado, triste ou ansioso?

  17. Como era a minha relação com a comida durante a infância e como isso impacta minhas escolhas alimentares hoje?

  18. Sinto que estou no controle das minhas escolhas alimentares ou muitas vezes sinto que como de forma automática, sem refletir?

  19. Eu uso a comida como uma forma de me punir ou me privar quando não estou satisfeito comigo mesmo?

  20. Há padrões culturais ou familiares que influenciam a forma como me relaciono com a comida? Como isso molda minhas decisões alimentares?

  21. Eu busco a aprovação de outras pessoas (amigos, familiares) em relação às minhas escolhas alimentares? De que forma isso afeta o que como?

  22. Quando estou em situações sociais, sinto uma pressão para comer de uma maneira específica ou tenho medo de ser julgado pelas minhas escolhas alimentares?

  23. Quando foi a última vez que fiz uma refeição sem distrações (sem TV, celular, etc.)? Como isso afetou minha experiência alimentar?

  24. Estou sendo honesto comigo mesmo sobre minhas escolhas alimentares ou estou justificando hábitos prejudiciais com desculpas ou racionalizações?

  25. Como seria minha relação com a alimentação se eu tirasse a culpa ou a ansiedade das minhas escolhas? Eu comeria de forma diferente?

  26. Como a minha autoestima influencia as minhas escolhas alimentares? Eu me alimento de forma diferente quando me sinto bem ou mal comigo mesmo?

  27. Sinto que estou buscando controlar minha alimentação como uma maneira de compensar a falta de controle em outras áreas da minha vida?

  28. Quais são os gatilhos específicos que fazem com que eu recorra a alimentos pouco saudáveis? Como posso reconhecê-los e abordá-los de maneira diferente?

  29. Eu realmente saboreio a comida enquanto estou comendo ou como rapidamente, sem prestar atenção ao sabor, aroma e à textura?

  30. Tenho medo de sentir fome e, por isso, como mesmo quando não estou com fome? O que está por trás desse medo?

  31. Estou comendo para evitar enfrentar alguma emoção ou situação que me incomoda? O que posso fazer para lidar com isso de maneira mais saudável?

  32. Eu pratico autocompaixão quando faço escolhas alimentares que considero "erradas" ou me critico excessivamente?

  33. Minha relação com a comida é baseada em prazer e nutrição ou é carregada de restrições, culpas e regras rígidas?

  34. Como minhas crenças sobre dieta e nutrição foram formadas? Elas estão baseadas em informações científicas ou em mitos e modismos alimentares?

  35. Estou comendo de acordo com as necessidades do meu corpo ou estou sendo influenciado por dietas da moda e expectativas irreais de resultados rápidos?

  36. Eu costumo ignorar os sinais de fome e saciedade do meu corpo? Por que às vezes não confio nesses sinais?

  37. Como me sinto depois de uma refeição saudável em comparação com uma refeição baseada em alimentos processados? Estou consciente dessa diferença ao fazer escolhas?

  38. Qual é a frequência com que faço refeições planejadas versus comer impulsivamente? O que leva a essas decisões impulsivas?

  39. Tenho medo de experimentar novos alimentos ou cozinhar de maneiras diferentes, por estar preso a um padrão alimentar específico?

  40. Minhas escolhas alimentares estão alinhadas com os meus objetivos de saúde a longo prazo ou são baseadas em gratificação instantânea?

  41. Eu estou comendo como forma de escapar de situações que me causam desconforto ou ansiedade? Quais outras maneiras posso encontrar para lidar com essas emoções?

  42. Costumo comer em horários fixos ou deixo que as circunstâncias externas (como trabalho ou compromissos) determinem quando me alimento? Como isso afeta meu apetite?

  43. Quando me sinto emocionalmente equilibrado, faço escolhas alimentares diferentes em comparação com momentos de maior estresse?

  44. Tenho o hábito de comer enquanto multitarefo? Como essa falta de atenção plena afeta a minha percepção de saciedade e prazer ao comer?

  45. Eu busco dietas ou programas de perda de peso como uma forma de me punir ou como uma estratégia para me nutrir melhor e cuidar de mim?

  46. Quais são as minhas crenças sobre o "corpo perfeito"? Essas crenças me ajudam ou me atrapalham a ter uma relação saudável com a comida?

  47. Como as propagandas, mídias sociais e marketing de alimentos influenciam minhas escolhas alimentares diárias? Sou consciente desse impacto?

  48. Eu vejo a comida como inimiga ou como aliada no processo de cuidar do meu corpo e mente? Como posso transformar essa visão, se for negativa?

  49. Eu já pensei sobre como o ambiente (como a organização da minha cozinha ou o local onde faço as refeições) influencia minhas escolhas alimentares?

  50. Estou me permitindo desfrutar de todos os grupos alimentares, ou estou restringindo certas categorias com base em modismos ou medo?

  51. Costumo classificar meus dias como "bons" ou "ruins" com base no que comi? Como isso afeta meu humor e comportamento alimentar no dia seguinte?

  52. Eu tenho padrões rígidos de alimentação que me deixam ansioso, como contar calorias ou pesar porções, ou consigo me alimentar com mais flexibilidade?

  53. Quais alimentos são mais confortáveis para mim? Quando foi a última vez que me perguntei por que eu escolho esses alimentos em momentos específicos?

  54. Eu uso a comida como uma forma de evitar o confronto com questões pessoais ou emocionais que precisam ser resolvidas?

  55. Eu consigo fazer as pazes com a ideia de que a alimentação saudável é um processo de equilíbrio, e que deslizes ocasionais fazem parte de uma relação normal com a comida?


Como Corrigir a Compulsão Alimentar?

Fome Fisiológica vs. Impulsos Psicológicos


Vamos usar como exemplo a forma de se alimentar de um adolescente que passa horas seguidas em sessões de jogos na internet. Como é a alimentação dessas pessoas hoje em dia? Claramente decorre da fome fisiológica devido a períodos prolongados sem comida, especialmente durante sessões de jogo estendidas que ultrapassam oito horas.


Após oito horas, o fígado esgota suas reservas de glicogênio, levando a um estado de fome intensa que, em algumas pessoas, pode impulsionar a necessidade de comer em excesso. Isso é distinto dos impulsos psicológicos de comer para conforto emocional ou liberação de dopamina.


A Regra das 8 Horas e o Jejum Intermitente


Com base nessa compreensão fisiológica, garantir uma ingestão alimentar consistente ao longo do dia, especialmente dentro da janela de glicogênio de 8 horas, pode prevenir a fome extrema e reduzir o impulso de compulsão alimentar. Isso se alinha aos princípios do jejum intermitente, onde os indivíduos restringem intencionalmente a alimentação a janelas de tempo específicas para regular os hormônios da fome e o metabolismo.


Embora o jejum intermitente não seja recomendado para todo mundo, existem potenciais benefícios de um cronograma de refeições consistente na prevenção da compulsão alimentar. Ao relacionarmos esse conhecimento ao que é ensinado no Ayurveda, percebemos que o jejum intermitente nada mais é do que um nome novo para dar novos ares a um conhecimento antigo.


No Ayurveda, uma pessoa saudável deveria comer apenas 2 vezes ao dia. Além disso, em situações normais de saúde, o tempo aproximado de digestão completo (envolvendo as fases Kapha no estômago, Pitta no intestino delgado e Vata no intestino grosso) é de 6 horas. Ou seja, se o intervalo entre uma refeição e outra deve ser de, pelo menos, 6 horas, quem segue o Ayurveda está dentro dessa "janela" de 8 horas.


Saiba mais sobre o conceito da fome no Ayurveda, leia os textos abaixo:


Vamos supor que a pessoa gaste 1 hora comendo bem tranquila (30 min cada refeição). Como fica o restante das 17 horas do dia? Subtraia isso do período de sono ideal ( 7 horas) e sobram 10 horas. Agora subtraia pelo menos 3 horas que é o tempo mínimo que o nosso estômago deveria estar vazio à noite para dormirmos melhor e sobram 7 horas.


Dentro dessas 7 preciosas horas existe um mundo de coisas para fazer que não envolvem comer: estudar, trabalhar, meditar, tomar banho, praticar atividade física, namorar gostoso, brincar com gatos, cachorros, filhos, passear, respirar ar puro em algum parque ou local com natureza, andar descalço, conversar com alguém, fazer terapia, fazer massagem... Enfim, são tantas e tantas coisas para fazer que nos mostram que a vida não deve girar em torno de comida!


Entenda, comer é importante para manter o corpo funcionando. Comer para viver e viver para comer são coisas completamente diferentes.

Essa ideia de que devemos comer de 3/3 horas ou que o café da manhã é a principal refeição não passam de uma estratégia de marketing e propaganda. Leia mais nesse texto abaixo:


Regulação Emocional e Gestão do Estresse


É muito comum usar a comida como um mecanismo de enfrentamento para o estresse, particularmente quando enfrentamos incertezas ou nos sentimos sobrecarregados. Comer, especialmente alimentos ricos em carboidratos refinados, desencadeia a liberação de insulina, que pode induzir um efeito calmante e desacelerar pensamentos acelerados momentaneamente, mas depois pode ter o efeito inverso.


Identificando e Abordando Necessidades Subjacentes


Em vez de depender da comida para a regulação emocional, precisamos aprender a identificar as necessidades emocionais subjacentes que impulsionam o desejo de comer em excesso. Por isso é importante ler e reler aquelas 55 perguntas. Pode ser que nem todas se apliquem ao seu caso. Veja quais tem mais relação com o seu momento de vida atual e reflita, medite bastante à respeito da pergunta.


Sentir um senso de “alívio” após comer, sugere uma necessidade de conforto e segurança. Explorar essas necessidades através da terapia ou outros meios pode ajudar a desenvolver mecanismos de enfrentamento mais saudáveis e reduzir a dependência da comida. Outra forma que funciona para muitas pessoas é a meditação.


Leia esses textos sobre meditação e mentalidade:



O Papel do TDAH e Sensibilidade à Dopamina


Pessoas com TDAH têm uma sensibilidade aumentada à dopamina, tornando-as mais suscetíveis a comportamentos aditivos, incluindo os relacionados à comida. Compreender esse componente neurológico pode informar abordagens de tratamento e incentivar estratégias que abordem a regulação da dopamina.


Sobre isso, recomendo a leitura do texto:


E do livro Nação Dopamina, da Dra. Anna Lembke.


Quebrando o Ciclo da Restrição


Tanto a rotina de um jogador streamer, quanto de uma pessoa que faz dietas severas podem levar a restrições rigorosas e ao desenvolvimento de um padrão de restrição e rebelião. Esse padrão se estende tanto à relação com a comida, quanto a outras potenciais adições.


É necessário de quebrar esse ciclo promovendo autocontrole e desenvolvendo uma relação mais saudável com o prazer e a indulgência. Isso envolve aprender a gerenciar impulsos sem recorrer à restrição extrema.


Aceitação e Autocompaixão


Enquanto percorre e aceita o seu estado atual, pode ser que apresente sentimentos de derrota e resignação. Contudo, a verdadeira aceitação envolve reconhecer e abordar os problemas subjacentes em vez de simplesmente se resignar à situação atual.


Atenção Plena e Consciência


Para se libertar desses padrões automáticos, podemos utilizar uma ferramente prática de atenção plena focada em observar as sensações de fome, a transição da fome para o impulso e os impulsos específicos que estão sendo satisfeitos pela alimentação. Essa prática visa cultivar a consciência dos fatores psicológicos por trás da alimentação, permitindo escolhas conscientes e o desenvolvimento de mecanismos de enfrentamento alternativos.


Com a prática sua própria mente conseguirá desenvolver estratégias criativas e saídas seguras tanto da "Fossa" quanto da "Zona de Conforto". Mas é preciso praticar diariamente. É necessário foco. Uma forma excelente de treinar esse foco e domínio sobre a própria mente é através da meditação da atenção plena: clique aqui e escute o audio da meditação.


Estratégias Adicionais


Apoio e Conexão: construa uma rede de apoio, incluindo comunicação aberta com entes queridos, amigos e pessoas de confiança. Isso pode ajudar a gerenciar emoções difíceis e proporcionar um senso de segurança, reduzindo a necessidade de recorrer à comida para conforto.


Terapia: A terapia profissional pode fornecer um espaço seguro para explorar questões emocionais, desenvolver estratégias de enfrentamento e abordar fatores psicológicos subjacentes que contribuem para a compulsão alimentar. Terapia e rede de apoio são duas entidades diferentes. Não substitua uma pela outra.


Nidrā: o Sono como Pilar


Ter um sono adequado é crucial para que o corpo se repare e se rejuvenesça. Ele ajuda a manter o equilíbrio dos doshas e promove a saúde geral. O dinacharya (regime diário) no Ayurveda enfatiza uma rotina de sono regular e descanso suficiente.


Existem alguns pontos que os livros clássicos do Ayurveda são bem claros à respeito. Um deles é sobre jamais dormir após o almoço. Porém, dormir à tarde de uma forma geral não é indicado, segundo o Ayurveda, para a maioria das pessoas.


O único caso indicado de uma soneca no meio do dia é para alguém que por algum motivo excepcional não conseguiu dormir durante todo o período da noite. Para esse grupo de pessoas específico pode ser bom, contanto que não passe de 30 minutos. Além disso, se você sofre de insônia, soneca diurna não é bom para você, pois vai prejudicar ainda mais seu sono da noite.


Outro ponto que as pessoas confundem é achar que podem por exemplo somar diversos pacotes de horas dormidas ao longo do dia. Podem dizer, por exemplo "Ah, vou dormir três horas agora, três horas depois e duas depois." Não, nosso corpo não funciona assim. O sono precisa ser de sete horas em bloco.


Impacto da Luz no Relógio Biológico


No núcleo supraquiasmático, que é o relógio central do cérebro, você tem os chamados genes clock. Esses genes recebem aferência da retina quando entra luz, e com o tempo, durante o dia, produzem proteínas que se acumulam na célula. Quando ela chega no nível de acúmulo, inibe a produção dela mesma. Isso acontece num ciclo de 24 horas. Se você não tem luz natural, você não está acertando os ponteiros do teu relógio.


É por isso que é tão importante, ao acordar, abrirmos todas as cortinas e janelas da nossa casa para deixarmos a luz natural entrar e mostrar ao nosso "relógio interno" que é hora de acordar, que estamos entrando em outra fase do ciclo de 24h.


Essa área do ciclo circadiano é uma das mais estudadas hoje por causa dos astronautas. O astronauta sofre muito com isso porque, na estação espacial, ele vê o sol nascer e se pôr 16 vezes no dia! Imagine o estrago que isso faz com a saúde dessas pessoas? É muito comum que os astronautas apresentem:


  • Distúrbios do sono: A falta de um ciclo claro de dia e noite, com o sol nascendo e se pondo várias vezes ao dia (como acontece na Estação Espacial Internacional), pode prejudicar a capacidade de adormecer e permanecer dormindo, levando à insônia e a um sono fragmentado.

  • Fadiga e cansaço: A má qualidade do sono e os horários irregulares de descanso podem resultar em fadiga crônica, o que afeta a capacidade de concentração, desempenho físico e mental.


  • Alterações no humor: A privação de sono e o desalinhamento do ciclo circadiano podem contribuir para o aumento do estresse, irritabilidade e até depressão, afetando a saúde mental dos astronautas.

  • Problemas cognitivos: A interrupção do ciclo circadiano pode impactar negativamente a memória, a tomada de decisões e o tempo de reação, o que pode ser crítico em situações que exigem rápida resposta.

  • Alterações hormonais: O ciclo circadiano regula a liberação de hormônios como o cortisol (ligado ao estresse) e a melatonina (responsável pelo sono). O desequilíbrio desses hormônios pode prejudicar o metabolismo, o sistema imunológico e outros processos corporais.

  • Diminuição do desempenho físico: O desalinhamento circadiano pode afetar o ritmo biológico natural do corpo, o que, combinado com a microgravidade, pode levar à perda de massa muscular e óssea, além de uma menor capacidade de recuperação após o exercício.


A boa notícia é que você não precisa ser um astronauta para estragar seu ciclo circadiano e colher todas essas desgraças de brinde. Basta você ficar se expondo à telas até de madrugada, beber energético, álcool e café, permanecer sedentário e comer mal que é quase garantido que o resultado pode ser ainda pior.


Usando a Neurociência para Melhorar o Sono

Entender a neurociência do sono pode levar a um sono melhor. Em primeiro lugar, já preciso deixar claro que focar apenas nas rotinas antes de dormir é um erro. Em vez disso, a chave para corrigir seu horário de sono está em entender o propósito biológico do sono e alinhar suas atividades diurnas para apoiar essas funções.


Sono como Compensação pelo Trabalho


O cérebro precisa de sono para descansar e se recuperar do trabalho realizado durante o dia. Quanto mais trabalho você realiza, mais fortes serão os sinais de sono que seu cérebro enviará, tornando mais fácil adormecer. Isso não precisa ser necessariamente um trabalho significativo relacionado aos seus objetivos. Mesmo tarefas sem sentido, desde que exijam algum esforço, podem reduzir os níveis de cortisol e promover sonolência.


Anabolismo e Reparação de Tecidos


Durante o sono, o corpo constrói e repara tecidos. As crianças experimentam surtos de crescimento durante o sono, e os músculos se reparam após o exercício. Engajar-se em atividades como exercícios durante o dia, especialmente levantamento de peso, pode desencadear a liberação de fatores de crescimento e sinais inflamatórios, sinalizando ao cérebro que o sono é necessário para a reparação.


Consolidação da Memória


O sono desempenha um papel vital na consolidação de memórias, transferindo informações da memória de curto prazo para a memória de longo prazo. Participar de atividades que envolvem aprender coisas novas pode enviar fortes sinais de sono ao cérebro.


Com base nessas funções, existem várias estratégias fundamentadas da neurociência que podem ser utiliadas para ajudar o nosso sono:


  1. Trabalhe Cedo Durante o Dia

Começar a trabalhar cedo, idealmente nas primeiras quatro horas após acordar, aproveita o pico natural de cortisol pela manhã. Esse aumento de cortisol ajuda na concentração e produtividade, permitindo que você realize mais trabalho, o que, por sua vez, fortalece os sinais de sono.


  1. Exercite-se Regularmente

A atividade física, especialmente o levantamento de peso, cria microlesões nas fibras musculares, desencadeando a liberação de fatores de crescimento e sinais inflamatórios que dizem ao cérebro que ele precisa de sono para reparação e recuperação.


  1. Engaje-se em Atividades Cognitivamente Estimulantes

Aprender coisas novas e participar de tarefas mentalmente desafiadoras preenche sua memória de curto prazo, levando o cérebro a priorizar o sono para a consolidação da memória. Pode ser aprender uma nova língua, fazer um novo curso dentro ou fora da sua área de atuação ou qualquer outra atividade intelectual que exija esforço mental.


  1. A Janela de Fadiga e Controle de Impulsos

À medida que você passa pelo seu dia, seu cérebro acumula adenosina, uma substância química que sinaliza fadiga. Há uma janela de 1-2 horas em que os níveis de adenosina estão altos o suficiente para induzir sonolência, mas seus lobos frontais (responsáveis pelo controle de impulsos) ainda têm vontade suficiente para resistir a distrações. Se você perder essa janela, torna-se cada vez mais difícil adormecer devido ao aumento da fadiga e ao enfraquecimento do controle de impulsos. Ao mesmo tempo em que continua cansado fisicamente, não consegue adormecer por que se distrai facilmente.


No Ayurveda compreendemos que o início da noite é a fase Kapha (entre 18 - 22h). Esse é momento ideal de nos prepararmos para dormir. Se passarmos desse horário, Pitta começa a subir (fazendo pico por volta de meia noite) e Vata também começa a subir, fazendo pico por volta de 4h da manhã. É por isso que o Ayurveda recomenda nos deitarmos no horário Kapha (para aproveitar o predomínio do atributo pesado) e acordarmos no horário Vata (para despertar com leveza no corpo e na mente).


  1. Inundação Emocional e Tecnologia

O envolvimento constante com a tecnologia suprime os circuitos emocionais negativos, levando a uma inundação emocional quando os dispositivos são guardados. Essa sobrecarga emocional torna difícil dormir. É altamente recomendável incorporar um pouco de tédio em nosso dia, permitindo que nossa mente processe emoções naturalmente. Atividades como meditação, escrever em um diário e fazer caminhadas (sem distrações como música) podem ajudar a gerenciar a inundação emocional.


  1. Estresse e Cortisol

O estresse crônico mantém os níveis de cortisol elevados, interferindo no sono. Gerenciar o estresse adequadamente é crucial para um sono melhor.


  1. Dieta

Comer adequadamente ao longo do dia pode evitar déficits calóricos ou nutricionais que possam interromper o sono durante a noite. Uma refeição pesada, rica em carboidratos, com proteína e fibra à noite (ou no final da tarde se possível) pode induzir uma liberação sustentada de insulina, promovendo sonolência.


Corrigir seu horário de sono não é apenas começar com rotinas e rituais antes de dormir. Fazer apenas a chamada higiene do sono é muito pouco. Para consertar um relógio quebrado, precisamos mexer em toda aquela engrenagem, não apenas nos ponteiros.


Precisamos criar uma vida que apoie as funções biológicas do sono. Ao entender e alinhar suas atividades diárias a essas funções, você pode fortalecer os sinais naturais de sono do seu cérebro e melhorar a qualidade do seu sono.


Brahmacharya como pilar

Celibato (brahmacharya)


Embora o Ayurveda reconheça a importância de uma vida sexual saudável, também aconselha moderação e controle sobre indulgências sensuais. O excesso de indulgência pode esgotar o ojas, a essência vital do corpo, levando à fraqueza, baixa resistência imunológica e à doença.


O que é Brahmacharya?


Brahmacharya é uma palavra em sânscrito que muitas vezes é traduzida como celibato, mas traduz-se de forma mais adequada aos dias atuais como "manter o controle sobre todos os sentidos". Do ponto de vista do Ayurveda, a mente está incluida dentro dos sentidos.


Então, fazer Brahmacharya é ter controle sobre a própria mente. É mais do que isso: é saber direcionar toda a nossa atenção em direção a um único propósito.


Para entender Brahmacharya, precisamos conhecer como a nossa mente funciona a reação gerada pelo contato dos nossos sentidos com os objetos do mundo.


Órgãos Sensoriais e Contato: O mundo é experimentado através dos seis órgãos sensoriais: os olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente. Cada órgão atua como um portal, permitindo que estímulos externos entrem em contato com nossa consciência. Por exemplo, os olhos percebem luz e cor, os ouvidos detectam ondas sonoras, e a mente registra pensamentos e emoções. Esse contato entre os órgãos sensoriais e os estímulos externos é a base da nossa percepção e experiência.


Reação e Sankharas: Quando os órgãos sensoriais entram em contato com estímulos externos, a mente reage. Essas reações podem ser positivas, negativas ou neutras, dependendo de nosso condicionamento passado e do estado atual da mente. Cada reação, independentemente de sua natureza, cria uma marca na mente, uma formação mental conhecida como sankhara. Sankharas são essencialmente impressões mentais, hábitos ou tendências que moldam nossas futuras percepções e reações.


O Ciclo do Sofrimento: nossa tendência habitual de reagir às sensações com desejo ou aversão é a raiz do sofrimento. Quando experimentamos uma sensação agradável, desejamos mais dela, levando ao apego e, em última instância, à decepção quando a sensação inevitavelmente desaparece. Por outro lado, quando encontramos uma sensação desagradável, tentamos evitá-la, o que leva à aversão e à perpetuação do sofrimento. Esse ciclo de desejo e aversão nos mantém presos em um estado constante de insatisfação e inquietação.


Brahmacharya bem feito deve ter um propósito muito forte. A meditação Vipassana, por exemplo, oferece uma ferramente para nos libertarmos do ciclo de sofrimento (o ciclo de desejo e aversão nos mantém presos em um estado constante de insatisfação e inquietação). Ao observarmos as sensações com equanimidade, sem reagir com desejo ou aversão, enfraquecemos o poder dos sankharas.


Através da prática contínua, aprendemos a aceitar a natureza impermanente de todas as sensações, reconhecendo que elas surgem e desaparecem sem qualquer substância inerente. Essa compreensão leva a uma libertação gradual do domínio dos sankharas, permitindo-nos experimentar verdadeira paz e liberdade.


Da mesma forma, um estudante (que não é monge) pode se encontrar imerso e completamente dedicado à sua formação e progresso na carreira durante um momento da vida. Certamente, essa pessoa irá se beneficiar muito de canalizar a própria energia e atenção no cumprimento dessa missão pessoal. Posteriormente, quando já tiver condições de sustentar uma família a pessoa pode se dedicar às práticas sexuais livre de qualquer sentimento de culpa ou arrependimento.


Existe momento para tudo na vida.

O último dhātu (tecido corporal) formado após a digestão dos alimentos que comemos é o śukra (tecido reprodutor). De acordo com o Āyurveda, a força do corpo depende do śukra. Já o oposto da castidade, a indulgência e o prazer sexual incontrolável resultam em perda de śukra, correspondendo à perda de força, vitalidade e vigor. Pela castidade, a pessoa se enche de ojas, brilho, intelecto, força e majestade. A castidade previne doenças, preserva a saúde e promove a força.


Entenda isso da maneira correta. Os resultados benéficos surgem de uma escolha de vida consciente e compatível com os propósitos e aspirações mais elevadas do ser humano.


Os Benefícios do Brahmacharya

Tradições espirituais orientais, particularmente monges e meditadores, acreditam que praticar brahmacharya cultiva uma poderosa energia espiritual que propicia as melhores condições à iluminação e à liberdade da escravidão mental que vivemos.


Inibir a atividade e os pensamentos sexuais é um grande desgaste de força de vontade. Isso significa que indivíduos que estão obcecados por pensamentos de luxúria podem ter menos força de vontade para dedicar a outras áreas de suas vidas, dificultando seu progresso e potencial geral.


Hoje em dia já se sabe que à medida que os níveis de serotonina aumentam, há uma diminuição correspondente no desejo sexual. Esta observação é baseada no efeito colateral comum de anorgasmia e redução do desejo sexual em indivíduos que tomam ISRS, medicamentos que aumentam a transmissão de serotonina no cérebro.


Como a serotonina está associada à satisfação e à paz, ao cultivarmos um estado menos lascivo na mente (por meio do Brahmacharya) podemos contribuir para um maior bem-estar geral em nossas vidas.


Existe uma correlação entre regulação emocional e sexualidade: indivíduos com melhor regulação emocional tendem a ser menos impulsionados por impulsos sexuais, potencialmente levando a uma vida mais espiritual, rica e gratificante.


Ao reduzir a energia mental dedicada a pensamentos libidinosos, brahmacharya pode liberar recursos cognitivos que estavam sendo gastos em outras áreas, permitindo que os indivíduos se concentrem no crescimento pessoal, persigam seus objetivos e cultivem relacionamentos gratificantes.


Evidências Científicas que Apoiam o Brahmacharya


Todas as partes do cérebro e todos os neurotransmissores estão envolvidos no sexo. Isso significa que, ao contrário de outras funções como linguagem ou matemática, que são localizadas em regiões específicas do cérebro, o sexo tem um impacto muito mais amplo no cérebro.


Isso implica que inibir os impulsos e pensamentos sexuais pode liberar recursos cognitivos significativos e energia que podem ser direcionados a outras atividades, potencialmente levando a uma maior força de vontade, foco e produtividade.


Precisamos ainda ter uma atenção especial na amígdala, o centro do cérebro para emoções negativas e instintos de sobrevivência. Danos à amígdala resultam em hipersexualidade, sugerindo uma relação inversa: controlar e refinar a amígdala poderia diminuir a sexualidade e potencialmente aumentar experiências espirituais.


Um encontro sexual médio é breve: dura, em média, de 3 a 7 minutos. Apesar disso, construímos toda a nossa vida em torno da obtenção desse prazer efêmero. Rios de dinheiro com procedimentos estéticos, horas de instagram, horas de whatsapp, horas de tinder, horas de barzinho, baladas, festas e encontros para no fim desfrutar de míseros 3 - 7 minutos?


O que é realmente valioso em nossas vidas?

A minha própria jornada em direção ao brahmacharya não foi nada fácil, mas foi medicinal o suficiente para transformar completamente o nível de interação com minha esposa. Ao deixar de lado os pensamentos lascivos, a pornografia e a ideia de um relacionamento baseado no sexo, pude experimentar maior liberdade e autenticidade na relação. Após meses promovendo uma conexão genuína (que se expandia além do Chakra básico*) percebi o quão pesado era o fardo da competição, da busca por validação, da "guerra dos sexos" e todas as outras formas de relacionamento doentio em que me envolvi.


*Muladhara chakra é o chakra raiz (ou chakra básico), que governa comportamentos impulsivos, instintos animalísticos e impulsos sexuais.


Entenda, você não precisa fazer celibato completo, virar monge, terminar seu relacionamento de anos e nunca mais transar. Basta refletir um pouco sobreo condicionamento social em torno do sexo e como isso influencia as nossas vidas. Se você conseguir ficar somente os 10 dias de retiro de meditação Vipassana em Brahmacharya já será um grande começo e podeár fazer uma grande diferença em sua vida.



Esgotamento da Força de Vontade por Meio da Inibição Sexual


Outro equívoco muito comum nas pessoas que começam a praticar celibato sem orientação é tentar suprimir pensamentos e impulsos sexuais. Isso gera um grande desgaste de força de vontade. Essa tentativa forçada de inibição constante pode deixar os indivíduos se sentindo mental e emocionalmente exaustos, com menos energia e foco para dedicar a outros aspectos de suas vidas.


Isso ocorre por que a questão sexual ainda é uma área central e mal resolvida na vida dessa pessoa. Se algo simples como abster-se do ato sexual está exigindo um esforço tão dramático é por que algo está errado e pode fazer mal. Talvez seja o momento de examinar a própria vida, refletir sobre as prioridades de curto, médio e longo prazo.


Por outro lado, ao reduzir a energia mental dedicada a gerenciar impulsos sexuais, brahmacharya pode liberar recursos cognitivos, permitindo que os indivíduos canalizem sua força de vontade para o crescimento pessoal, atividades criativas e objetivos significativos.


Se você não possui quaisquer outras aspirações além do sexo, dificilmente vai conseguir praticar Brahmacharya da forma como se deve. Acabará não colhendo os benefícios que tantas pessoas referem ter alcançado e além de frustrado, pode terminar cansado mental e emocionalmente.


Praticar brahmacharya, mesmo em pequenos passos, pode ter um impacto profundo na função cerebral e no bem-estar geral, levando a um maior autocontrole, melhor regulação emocional, aumento da força de vontade e potencialmente facilitando até mesmo o crescimento espiritual.


Tendo em vista o que foi explicado até aqui, compreendemos a sabedoria que envolve os três pilares da vida no Ayurveda. Dieta (Ahara) com um estado mental correto, de acordo com um dinacharya apropriado (rotina diária e estilo de vida), sono (Nidra) e atividade sexual controlada (Brahmacharya) promoviam saúde há 5 mil anos atrás e continuam a promover nos dias de hoje.


Isso é Ayurveda aplicado. Se gostou desse texto, lembre-se de compartilhar com outras pessoas que podem se interessar por esse assunto. Antes de finalizar, gostaria de indicar um livro fininho, fácil de ler, com explicações claras e concisas à respeito dos Yoga Sutras de Patanjali que é o livro do Gustavo Dauter. Esse foi um dos primeiros livros clássicos de Yoga que li à respeito desse tema, que dialoga bastante com o Ayurveda.




Uma imagem que ilustre o conceito de formação do śukra (semen) como o último tecido corporal produzido após a digestão, conforme descrito no Ayurveda. A imagem deve retratar um corpo humano etéreo, brilhando com uma aura de ojas — brilho, intelecto, força e majestade — que simbolize a energia acumulada através da castidade. Ao redor, elementos suaves como luz natural, águas correntes e formas harmoniosas devem representar a preservação da saúde e da força, reforçando a ideia de que a castidade promove vitalidade, previne doenças e sustenta o equilíbrio do corpo.

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Olá, que bom ver você por aqui!

Sou Dr. Alfio Sampieri, meu propósito com esse blog é compartilhar o conhecimento daquilo que é essencial quando falamos de saúde. Por isso apelidei o que faço de Medicina Minimalista. Vivemos em uma era de abundância de conhecimento, contudo ao mesmo tempo somos bombardeados por um excesso de produtos, coisas e informações irrelevantes e por vezes prejudiciais. Assim como você, um dia já me perguntei se aquele suplemento famoso ou medicamento de última geração eram realmente necessários para minha saúde e de meus pacientes. Por isso, meu compromisso é compartilhar tudo o que descobri nesse caminho com verdade e transparência. 

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